Especialidades Cauzzo Mais Kids: conheça a neuropediatra Cintia Luziane Santos Sena
Nascida em Teresina, no Piauí, a neurologista já deixou sua marca em diversos estados do país e hoje atua em Santa Maria, junto à Rede Cauzzo Mais.
A complexidade da medicina em seus diversos ramos é, por si só, um desafio para todos os profissionais determinados a seguir na área. A neurologia, especialidade que investiga o cérebro e os distúrbios do sistema nervoso, carrega o peso da análise de distúrbios neurológicos. E nisso há um desafio ainda maior: lidar com crianças com disfunções neurológicas. A neuropediatratria é delicada e vai muito além do tratamento. É preciso comprometimento, qualidade, empatia e acolhimento emocional das crianças e responsáveis, desde o período neonatal ao início da vida adulta.
Fascinada em acompanhar os processos de crescimento e amadurecimento do ser humano, a médica Cintia Sena é neuropediatra parceira da clínica Cauzzo Mais e atua na Cauzzo Mais Kids. Com exclusividade, ela nos conta sobre sua experiência, atuação e os desafios que encara no dia a dia.
Como aconteceu a escolha pela especialização na área de neurologia e, após, pediatria?
Dra. Cintia: Quando eu era acadêmica de medicina, vi a vida de uma adolescente mudar completamente após uma crise convulsiva na faculdade. Na hora da convulsão, ela caiu na sala de aula e quebrou um dente. Se sentindo constrangida diante dos colegas e com medo de recorrências na sala de aula, ela desistiu da faculdade. Muitas vezes as doenças neurológicas criam uma vida estigmatizante para os pacientes e seus familiares. Poder oferecer mais qualidade de vida para essas pessoas é algo gratificante para mim.
Na neuropediatria, se há intervenção precoce, provavelmente não só vou mitigar os danos já existentes como também posso conseguir mudar o futuro de uma pessoa. A pediatria me fascina pelas suas possibilidades. Quando se constrói uma base infantil sólida, é possível até mesmo reduzir a frequência de algumas doenças psíquicas na fase adulta. Situações clínicas como ansiedade, humor deprimido, agressividade reativa à sociedade, entre outras, podem ser amenizadas (ou até evitadas) se houver o suporte adequado para o desenvolvimento saudável de uma criança. Gosto de pensar que crianças saudáveis hoje serão adultos felizes e bem resolvidos no futuro.
Qual foi a maior motivação da sua escolha profissional?
Dra. Cintia: Apesar da medicina nem sempre permitir a cura física, ela me permite "aliviar as dores quando necessário e consolar sempre” (Hipócrates). Escolhi a medicina porque gosto de aliviar as dores das pessoas. Temos dificuldade em ser felizes quando sentimos dor. Quando eu curo a dor de alguém (ou a reduzo), eu a torno mais feliz. E a felicidade individual interfere, positivamente, na convivência dessa pessoa em sociedade.
E os maiores desafios da área, quais são?
Dra. Cintia: São vários Os desafios encontrados na neuropediatria.
Às vezes é difícil modificar o pensamento dos pais diante de seus próprios hábitos inadequados. Nossos pequenos aprendem muito através de exemplos e, geralmente, não possuem discernimento para diferenciar o certo do errado. O adulto deve ajudar a criança durante seu amadurecimento físico-psíquico-emocional. Se os pais não mudam, seus filhos não melhoram.
Outro desafio é a falta de empatia e de capacitação da sociedade para lidar com crianças que possuem distúrbios neurológicos. Como exemplo, uma professora que não consegue ter paciência ao ensinar uma criança com dislexia, ou um responsável que coloca de castigo uma criança que não entende o que fez de errado. Essas atitudes podem impedir a melhora clínica de um paciente.
Ao atuar na neuropediatria, qual foi o momento mais emocionante que você já vivenciou?
Dra. Cintia: Todas as situações em que consigo melhorar a vida de uma criança me causam muita emoção. Lembro-me de um pequeno, com diagnóstico de dislexia, que chorava de alegria ao relatar que não era mais "burro", pois havia, pela primeira vez, gabaritado uma prova. A prova foi adaptada especialmente para ele, para suas diferenças no aprendizado e leitura. Outro momento que me encanta é o relato de uma mãe, que se emocionou muito ao ouvir seu filho autista chamá-la de mãe aos 5 anos de idade, após iniciar as terapias.
Quais as principais queixas ou motivos dos pais procurarem seu atendimento neuropediátrico?
Dra. Cintia: Os pais costumam buscar minhas consultas com várias queixas clínicas, como atraso de fala, hiperatividade, agressividade, dificuldade de aprendizado, dor de cabeça, crise convulsiva, atraso no desenvolvimento motor, entre outros.
Pode falar um pouco sobre as condições neurológicas infantis que você atende?
Dra. Cintia: Eu trabalho com todas as situações clínicas associadas ao sistema nervoso: atraso dos marcos do desenvolvimento infantil no geral, paralisia cerebral, transtorno do espectro autista, dificuldade de aprendizado, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, transtornos hipercinetico, crises de birra, distúrbios do sono, dores de cabeça, epilepsia, distúrbios de movimentos, entre outras.
Como enxerga sua jornada sendo uma parceira da Rede Cauzzo Mais e, agora, atuando junto à Cauzzo Mais Kids?
Dra. Cintia: A Cauzzo Mais é uma empresa que oferece assistência de saúde com qualidade e preços mais acessíveis para a população, promovendo mais qualidade de vida. A ideia de acolher a criança e seus familiares em um ambiente próprio para os pequenos foi uma excelente iniciativa. Recentemente ouvi de uma mãe o desabafo de ter adorado o espaço Cauzzo Mais Kids, pois nesse novo ambiente ela não se sentiria mais constrangida diante do distúrbio de comportamento de seu filho, em meio a adultos que os encaravam com pouca empatia. Apenas uma mãe sabe a importância desse atendimento acolhedor.
Quando se deve procurar um neuropediatra, ou quais são os sinais de alerta de distúrbios neurológicos?
Dra. Cintia: É importante entender que toda criança tem o seu próprio tempo de desenvolvimento, mas esse tempo deve estar dentro dos intervalos esperados nos marcos de crescimento. Por exemplo, uma criança que não fala nada com 2 anos de idade apresenta atraso de linguagem, independente da etiologia. Se surgirem dúvidas sobre atraso de linguagem, da marcha, déficit na interação social, movimentos que sugerem convulsão, “preguiça” ou dificuldade para estudar, dificuldade para conviver em sociedade, entre outras, o recomendado é procurar uma consulta com um neuropediatra.
A jornada da doutora Cintia, formada em medicina na UESPI (Teresina/PI), com especialização em Neurologia Clínica no HMSJ (Joinville/SC) e Neurologia Clínica Infantil no HUSM (Santa Maria/RS), nos mostra a dedicação e empenho que os profissionais devem ter ao lidar com questões médicas, principalmente ao se tratar de crianças.
A formação de um médico vai além da faculdade: depende de seu caráter, sua personalidade, ética e senso humanitário. Os pediatras precisam de ainda mais empatia para cuidar do maior amor de uma família, os filhos. Por isso, a Cauzzo Mais Kids traz a proposta de oferecer esses cuidados em um ambiente adequado, acolhedor e com profissionais aptos para cuidar com excelência e carinho, assim como a Dra. Cintia Sena. Altruísmo, dedicação e humanização, com tratamento individual para cada pequeno: a Cauzzo Mais Kids é cuidado que começa na infância.
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